O caminho para os playoffs dos Renegades

Com três vitórias, duas derrotas e um empate, qual foi o caminho percorrido pelos Renegades, quem foram os protagonistas e o que nos dizem os números?

Os Salgueiros Renegades avançam para os playoffs apenas pela terceira vez na história da sua organização, tendo avançado na 6ª edição da LPFA como Porto Renegades e depois na 8ª edição como Maia Renegades.

O caminho dos Renegades começou com uma vitória (21-20) contra a “sombra do passado”, os Lisboa Navigators, num jogo onde tiveram de sofrer até ao apito final, mas acabariam por conseguir fazer um “comeback” no último quarto e segurar a vitória.

Seguiu-se depois um encontro contra os campões em título, os Cascais Crusaders, num jogo onde perderiam (41-18) numa partida onde acabaram por cometer muitos erros, em particular nas equipas especiais, num claro processo de aprendizagem e desenvolvimento colectivo para a equipa.

Após esta derrota voltaram às vitórias (20-2) num jogo onde quebraram também uma sequência menos feliz contra os rivais do norte, os Braga Warriors, sendo que após esta vitória voltaram a somar outra (12-0) contra os também rivais do norte, os Maia Mutts, vitória essa que lhes garantiu o “título informal” de campeões do Norte.

Para fechar a temporada voltaram a viajar para Lisboa, num jogo em atraso da 2ª jornada diante dos Lisboa Devils, e acabariam por perder (41-13), num jogo onde o seu ataque teve sempre muita dificuldade em fazer as coisas acontecer e a sua defesa nunca conseguiu realmente parar o “Golias Juzz” que tomou conta da partida.

A fechar a fase regular da competição, num jogo já sem grande relevo matemático, receberiam os Lisboa Lions e alcançariam o “estranho” empate (20-20), num jogo onde estariam a vencer com vinte pontos logo no primeiro quarto, mas depois deixaram-se empatar.

Os protagonistas…

Quando falamos de protagonistas na equipa dos Renegades o primeiro nome que nos surge é “mar vermelho”. A defesa dos Renegades que foi apelidada com esse belo nome tem sido algo polarizada ao longo da temporada. Encontramos jogos onde são altamente dominantes (Warriors, Mutts), jogos onde são competentes (Navigators, Lions), jogos onde se perderam completamente (Crusaders, Devils). 

No entanto é inegável que quando a unidade defensiva está “on”, são uma das melhores do país, o grande destaque vai para Sandro Lopes que tem sido um jogador eletrizante e depois para atletas como João Lamas, Rui Reis, Marcos Mitt e João Mota que se foram igualmente destacando e adicionam um perigo real dentro do relvado..

No plano ofensivo tudo passa pelo Francisco Pereira, um quarterback com uma capacidade de improviso e movimentação a sair do pocket acima da média. Essa movimentação talvez seja um dos principais traços a destacar neste crescimento dos Renegades, onde o Francisco foi responsável por cinco touchdowns de corrida nos últimos três jogos.

Mas o jogo de passe dos Renegades também é bem capaz de causar estragos e o aparecimento de Bruno Pintão que se tem destacado em semanas recentes e é um jogador que com a bola nas mãos pode fazer estragos. Mas este ataque também tem jogadores como Vasco Silva, uma presença dominante no centro do relvado, tem João Maioto que é uma arma vertical e que habita nas extremidades do relvado e ainda tem Tomás Cavadas, um dos jovens desta equipa que se tem tentado revelar e aparecer na equipa.

Um olhar pelos números…

Os números dos Renegades dizem-nos que são a quarta equipa que mais pontos marca (104) e terceira equipa que menos pontos sofre (124) havendo um empate com os Maia Mutts neste elemento estatístico.

Ao longo da temporada estiveram a perder por três vezes ao intervalo, conseguiram recuperar dessa desvantagem diante dos Lisboa Navigators no seu “comeback” de último quarto sendo que se deixaram empatar diante dos Lisboa Lions, num dos três jogos em que também tiveram em vantagem ao intervalo.

Não são uma equipa que marque muitos pontos como podemos ver, e existe uma clara quebra da primeira para a segunda parte onde passam de 9 touchdowns para apenas 6 marcados no segundo tempo.

Uma equipa que revela imensa dificuldade em ser eficaz na entrada das segundas partes, apenas dois touchdowns marcados, um no jogo contra os Navigators e o outro contra os Crusaders, sendo este segundo um touchdown de equipas especiais.

Nota também para o facto de nunca terem marcado um ponto extra no último quarto da partida, onde tentaram duas vezes e falharam ambos, tendo duas tentativas de dois pontos, também elas falhadas.

No plano defensivo têm 9 touchdowns sofridos em cada parte da partida, num total de 18 touchdowns sofridos, sendo que a maioria dos seus pontos sofridos são no final da primeira parte e no começo da segunda parte.

Destaque para serem uma das equipas que mais turnovers causou ao longo da temporada ainda que não tenham esses elementos para apresentar de forma factual.

Já nos playoffs é apenas a terceira presença, como mencionado, têm três jogos disputados , duas derrotas e uma vitória, tendo 33% nesta fase da competição, tendo sido a sua derrota no final da 8ª edição da competição, curiosamente diante dos Lisboa Devils.

Será que o caminho dos Renegades irá continuar? Quem se irá assumir como protagonista? E qual a influência dos números para a partida diante dos Lisboa Devils?

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