O caminho dos Maia Mutts foi feito com três vitórias e três derrotas, as três vitórias chegaram em jogos fora de casa, por isso quando olhamos para os protagonistas e os números, existe esperança.
O que dizer dos Maia Mutts? Uma equipa que para muitas pessoas era apontada como a equipa que ficaria em último, mas que na realidade marca presença em mais uma fase a eliminar da competição algo que SEMPRE fizeram ao longo da sua história.
A época começou com uma vitória “puxada a ferros” diante dos rivais Braga Warriors (14-13), num jogo onde entraram com tudo e conseguiram impor o seu jogo de corrida e acabariam por sofrer no final, mas segurar a vitória.
Após isso seriam derrotados de forma dominante pelos Lisboa Devils (36-3), somando a primeira de três derrotas em casa.
No terceiro jogo da temporada viajariam até casa dos Navigators para um dos “comebacks” mais épicos da competição, estando a perder ao intervalo por quinze pontos de diferença, na segunda parte assumiram o protagonismo da partida e venceriam (21-15) para um jogo que fica para a história.
Após isto duas derrotas em casa, a primeira diante dos Salgueiros Renegades (12-0) e depois uma nova derrota (35-0) diante dos Cascais Crusaders. Dois jogos onde o seu ataque revelou incapacidade em colocar pontos, mas até conseguiam ir movendo a bola no relvado.
Terminaram a época com um jogo de “afirmação”, um jogo onde a vitória valia o acesso aos playoffs (33-13) diante dos Lisboa Lions com o ataque finalmente a conseguir aliar eficácia a eficiência.
Os protagonistas…
A equipa dos Mutts tem de ser vista como um verdadeiro “bando de protagonistas”. A realidade é que são a equipa com menos recursos humanos da competição, indo a jogo com ~20 atletas, mas todos eles assumindo o seu papel e contribuindo de forma muito positiva para a equipa.
Ricardo Cunha é o primeiro grande nome que temos de falar, 6 touchdowns de corrida ao longo da época, onde não só alinha e joga na posição de runningback, como também joga na defesa como cornerback e um dos melhores do país.
Ainda dentro desse grupo posicional temos Francisco Pelayo que também se assume como alguém com “faro de bola” e capaz de transformar intercepções em pontos, algo que fez diante dos Navigators e diante dos Lions, curiosamente nos jogos onde a sua equipa desesperadamente precisava de vencer.
A linha ofensiva e defensiva depois tem nomes como Nuno Simões, treinador principal e verdadeiro playmaker no relvado, Joel Cardoso, um objectivo inamovível, Danny Rodrigues, um touro de força.
Destacamos ainda Pedro Quaresma que joga a tigh end e linebacker, também ele coordenador defensivo que opera um sistema muito elementar, mas onde todos sabem também qual é o seu papel, aquilo que têm de fazer e executar para serem bem sucedidos.
Não podemos terminar sem falar de Arthur Faria, quarterback da equipa, que apesar de ter poucos números no que diz respeito a jogar na posição de quarterback, é um jogador que sabe ler o jogo, não comete muitos erros e sabe jogar de forma clara e transparente sendo também um dos principais responsáveis pelo sucesso da sua equipa.
Um olhar pelos números…
Os Maia Mutts chegam a esta fase como a equipa que menos pontos marca (71) e empatados com os Salgueiros Renegades no que diz respeito a pontos sofridos (124) onde são a terceira equipa.
Marcam nova presença na fase a eliminar da competição onde vão fazer o décimo quarto jogo e seguem neste momento com 46% de vitórias, tendo vencido seis dos treze jogos disputados.
Ao contrário da maioria das equipas nesta fase da competição, os Mutts marcam a maioria dos seus pontos e touchdowns na fase final dos jogos, com o último quarto a ser o quarto dos Mutts.
Igualmente a destacar o facto de colocarem muitos mais pontos na segunda parte dos jogos do que na primeira, revelador de uma equipa que não só ajusta, como acredita e tem disponibilidade física para estar em qualquer partida, algo que no aspecto defensivo é penalizado como podemos ver…
Defensivamente sofrem mais pontos para o final dos jogos, o que casa bem com o facto de terem imensos jogadores que jogam de ambos os lados e isso leva a um cansaço acumulado. No entanto, nos demais quartos existe uma grande semelhança naquilo que os números nos dizem.
Ao longo da época estiveram a vencer ao intervalo por duas vezes, Wariors e Lions, tendo vencido esses jogos, sendo que conseguiram recuperar da tal desvantagem contra os Navigators de forma épica.
Nos últimos cinco jogos da fase a eliminar ganharam dois jogos sendo que duas das três derrotas foram na final da 9ª edição e 10ª edição da competição, derrota com Dragons e Devils, sendo que na última temporada foram eliminados no jogo de acesso à final diante dos próprios Cascais Crusaders que se sagrariam campeões.
Será que o caminho dos Mutts irá continuar? Quem se irá assumir como protagonista? E qual a influência dos números para a partida diante dos Cascais Crusaders?