No final ganha a defesa…

Depois de uma semana pautada por muita controvérsia em redor da decisão do comité de gestão da FPFA no jogo entre Maia Mutts e Salgueiros Renegades, é bom regressar ao “jogo jogado” com o duelo que tanto decidia o futuro quer dos Salgueiros Renegades, quer dos Lisboa Navigators.


O jogo trazia a expectativa de um duelo bem disputado entre ambas as equipas com principal foco nas duas defesas. A defesa dos Renegades tinha sofrido apenas 51 pontos ao longo de 4 jogos disputados e os Navigators tinha sofrido 78 ao longo de 5 jogos disputados.


O jogo começou de feição para a equipa de Salgueiros, o seu defensive back Lucas Augusto encontra um passe de Tiago Ladeira, quarterback dos Navigators, e consegue dar uma posição para o seu ataque perto da linha de meio campo.


Após isso foi Vasco Pinheiro o principal protagonista que consegue levar a bola várias vezes até deixar a sua equipa em excelente posição, dentro das cinco jardas finais, e depois o próprio Vasco marca o touchdown e dá a vantagem para a sua equipa.Ainda no primeiro quarto a tendência do jogo continuava a favor da equipa da casa, novo drive ofensivo dentro da redzone dos Navigators, parecia ir dar novos pontos mas um passe de Francisco Pereira é interceptado pela defesa da equipa de Lisboa.

Na sequência a equipa visitante começou a usar mais o seu jogo de corrida, Jardel Andrade, Nélson Fidalgo e Tiago Ladeira como principais protagonistas.

Seria já dentro do segundo quarto que os Navigators conseguiam empatar o jogo, depois de um drive longo, um quarterback sneak de Tiago Ladeira, e pontapé de Cláudio Santos, deixava tudo empatado quando íamos para o intervalo.

A segunda parte foi um recital defensivo, vários drives ofensivos que não tinham grande progressão, muitos punts, algumas faltas de execução que originavam faltas e que “mastigavam o jogo”.


Seria já no último quarto que o jogo finalmente seria desbloqueado, a equipa dos Lisboa Navigators consegue finalmente aplicar um bom drive ofensivo, novamente com o jogo de corrida como protagonista, e deixando a bola perto da linha de endzone dos Renegades.


No momento mais determinante do jogo os Navigators chamam um timeout, estávamos em quarto down que podia decidir o jogo, e posteriormente utilizam um alinhamento com Nélson Fidalgo na posição de Slot, enviam o seu runningback para ajudar a “selar o defensive end” e Tiago Ladeira entra na endzone sem ser tocado para fazer o seu segundo touchdown do jogo.
O ponto extra seria falhado e deixava um condimento muito emocionante para o final da partida.


No entanto essa emoção foi imediatamente extinta porque os Lisboa Navigators conseguem interceptar novo passe de Francisco Pereira e colocar um ponto final numa possível resposta dos Renegades.


O jogo terminou sem mais pontos e com a vitória, e respectivo apuramento para os playoffs, dos Lisboa Navigators. Na fase a eliminar irão encontrar os Braga Warriors e os mesmos Salgueiros Renegades ficando agora a emoção final para a última semana com o duelo entre Lisboa Devils e Cascais Crusaders a definir o próximo finalista.

Destaques pela positiva (Navigators):

A defesa dos Navigators é o grande MVP da equipa. Tirando o primeiro drive do jogo onde permitiram pontos aos seus adversários, durante o resto da partida jogaram de forma complementar, foram capazes de mitigar jogadas onde cederam mais espaço do que era preciso. É uma das melhores unidades de toda a competição.

Aspectos a melhorar (Navigators):

Ao longo da fase regular falei muito do ataque, de como na minha opinião não é adequado aos recursos humanos que têm e mantenho a opinião. No entanto, mais preocupante para mim torna-se a questão do playcalling por vezes parecer desajustado ao que o jogo pede. Ou uma tentativa de surpreender que acaba por nunca suceder. Continua a ser para mim o grande problema da equipa.

 

Destaques pela positiva (Renegades):

A defesa dos Renegades é claramente o grande aspecto positivo. Não acredito que foram desafiados em todas as dimensões do jogo, mas dentro daquilo que tiveram de fazer, estiveram muito sólidos. São outra unidade que quando está no mesmo “batimento cardíaco” são muito, muito fortes. Importante é gerir os ânimos que acabam por ser o seu ”maior inimigo”

Aspectos a melhorar (Renegades):

Arrisco-me a dizer que foi o pior jogo ofensivo dos Salgueiros Renegades na temporada. O Francisco passou mais tempo a fugir dos adversários e tentar “criar algo” do que em qualquer outro jogo. A linha ofensiva deu exatamente 1 segundo de proteção e tudo parecia atabalhoado e sem grande química e relação. É preocupante neste momento da temporada os Renegades estarem a jogar assim neste departamento.

 

Fotografia: @figueira.photo

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